Saber como pescar robalos não é tão simples, uma vez que o animal é conhecido por seu comportamento imprevisível. O pescador que sai em busca desse peixe tem um desafio pela frente, mas o prazer em conseguir fisgá-lo promete recompensar todo o trabalho.

Os robalos podem atingir grandes proporções: há registros de espécies pescadas com peso superior a 30 quilos. Esses peixes têm corpo alongado e comprimido de cor cinzenta-prateada. Entre suas doze espécies, as mais comuns de serem encontradas no Brasil são o robalo-flecha e o robalo-peva.

Se você quer enfrentar o desafio da pescaria de robalo, confira alguns itens essenciais para conhecer bem a espécie e ter uma pescaria bem sucedida!

1. Espécies de robalo

O robalo não é apenas uma espécie de peixes, mas um gênero da família Centropomidae. Ao todo, são doze tipos diferentes, e quase metade deles pode ser encontrada no litoral brasileiro.

Os mais comuns são o robalo-flecha e o robalo-peva. O primeiro tem o corpo e a cabeça mais esguios e alongados, com nadadeiras mais amareladas, enquanto o segundo pode ser reconhecido por ser mais robusto e esverdeado.

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O robalo-peva é uma das principais espécies encontradas no Brasil.

2. Onde encontrar

O robalo pode ser encontrado na maior parte do litoral brasileiro. É um peixe que vive preferencialmente em estuários e águas costeiras, mas que também está presente nas partes altas dos rios ou em manguezais.

Na costa nordeste do Brasil, é comum encontrar robalos com tamanho e peso maiores que os do restante do país. Entretanto, ele está presente desde o Amapá até o Rio Grande do Sul.

3. Pré-estudo

Se você está decidido a pescar robalo, faça um pré-estudo das condições antes de partir para a ação. Verifique o horário da pescaria, clima, a maré, a temperatura da água e, se possível, a pressão atmosférica do local escolhido.

Em águas com temperatura superior a 21 graus, é comum que o robalo fique mais próximo à superfície. Já quando esse número está por volta dos 15 graus, você o encontrará entre meia-água e fundo. Abaixo de 10, a água estará imprópria para o peixe.

O comportamento do robalo também é muito influenciado pela maré. O peixe é especialmente ativo quando a maré está correndo e as melhores luas para a pescaria são a minguante e a crescente. 

4. Melhores iscas

É possível pescar robalos tanto com iscas naturais quanto com iscas artificiais. Se a opção for por uma isca natural, as mais utilizadas são camarão vivo, corrupto vivo, lambari, piaba, manjuba, mamarreis e barrigudinho.

Se for utilizar iscas artificiais, o pescador pode optar por modelos de fundo, de meia-água ou de superfície, conforme a atividade do peixe. As mais indicadas são zara, stick, popper, crank bait, jig e plugs de fundo. A escolha da cor vai depender da água: em águas mais claras, use iscas de cor mais suave; em águas turvas, prefira iscas de cores mais fortes.

O robalo é considerado “enjoado” na hora de fisgar. Portanto, para dias em que há uma grande variação na maré, leve para a sua pescaria diversos tamanhos de isca. Dessa forma, você poderá ir testando e se adaptando.

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Para pescaria do robalo, podem ser utilizadas iscar artificiais de superfície, meia-água e fundo.

5. Jig head

Uma dica de como pescar robalo é sempre utilizar jig head, que dispensa o uso de chumbada e auxilia na descida da isca no fundo. O peso da peça deve depender da profundidade do local.

Em dias de maré baixa e em profundidades de até 6 metros, o recomendado é utilizar um jig head de até 6 gramas, pois ele tocará no fundo com facilidade, e você conseguirá sentir essa movimentação. Se as condições forem se modificando e a isca demorar a tocar no fundo, aumente a peça para 8 ou 10 gramas. 

Caso a profundidade esteja entre 7 e 10 metros, comece utilizando um jig head de 10 gramas, e vá aumentando de acordo com maré. O mesmo vale para profundidades acima dessa metragem.

6. Equipamento ideal

A vara mais utilizada para pesca de robalo é a de ação média, de 5,8 a 7 pés. A linha varia conforme o tipo de isca e ambiente de pesca, podendo ser de monofilamento ou multifilamento. Para o molinete, prefira modelos que que comportem acima de 100m de linha.

Outro detalhe importante na pescaria de robalo é o líder. Atado à linha, esse equipamento pode oferecer maior resistência ao esbarrar em pedras, paus e outros elementos presentes principalmente na costa.

O ideal é escolher um líder de fluorcarbono, com espessura entre 0,62 e 0,68 milímetros. 

7. Libragem da linha

Para a pescaria de robalo-peva, que costuma não passar dos 4 quilos, a libragem da linha deve estar entre 10 e 17. Para tarefas mais pesadas, como pescar robalo-flecha, escolha opções de até 30 libras.

Dependendo do local da pesca, pode ser interessante utilizar linhas mais grossas. Por exemplo, na região costeira, é comum que haja peixes maiores. Nesse caso, escolha uma libragem entre 35 e 40 para garantir o sucesso da pesca.

 

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Escolha a libragem da linha corretamente, de acordo com o local da pescaria.

8.Leis de pesca

É preciso estar atento e informado quanto às leis de pesca do robalo. É comum que a pescaria seja impedida nos meses de reprodução da espécie, que acontece em novembro e dezembro.

Em alguns estados, há também a limitação de tamanhos permitidos. No Paraná, por exemplo, os pescadores precisam respeitar o tamanho entre 40 e 50 centímetros para o robalo-peva. Para o robalo-flecha, as medidas ficam entre 60 e 70 centímetros.

9. Sensibilidade

A pescaria de robalo exige grande sensibilidade por parte do pescador. Ao soltar a linha, é necessário sentir o contato da isca com fundo, e em seguida, dar toques com o vara, visando fisgar o peixe. 

Por seu comportamento imprevisível, isso pode acontecer tanto após o contato da isca com o solo, quanto durante sua caída. Por isso, repita o processo várias vezes, variando o método: dê toques duplos; em seguida, toques rápidos; em seguida, um toque único mais longo, e assim sucessivamente.

10. Vestuário

Não há como pescar robalo sem o vestuário adequado. Como o peixe prefere os dias quentes, esteja sempre vestido com roupas confortáveis e que possam oferecer proteção para a pele.

Camisas em tecido dry, por exemplo, podem auxiliar na circulação de ar, resfriando a temperatura do corpo com a passagem de vento. Ao mesmo tempo, é ideal que tenham proteção UV, ou seja, para os raios ultravioleta, minimizando os danos do sol.

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