Mesmo entre os pescadores de maior experiência, o momento de escolher a isca mais apropriada pode levantar muitas dúvidas. E com razão: a escolha do material adequado depende de uma série de fatores e condições, e a assertividade na seleção pode determinar o sucesso ou o fracasso da experiência de pesca.

Quando falamos sobre iscas artificiais, as dúvidas acabam sendo ainda maiores, já que existe uma infinidade de cores e modelos, e cada uma é recomendada para um tipo de situação diferente.

Neste post, mostraremos quais as principais diferenças entre as iscas e sinalizaremos suas vantagens e desvantagens, ajudando você a escolher o material ideal de acordo com os seus objetivos. Vamos lá?

Afinal, o que são iscas artificiais?

Essa pergunta pode parecer boba, mas faz muito sentido, principalmente para pescadores iniciantes. Em linhas gerais, as iscas artificiais são acessórios utilizados na pesca para atrair e fisgar os peixes.

Elas substituem as iscas naturais, e geralmente, imitam o formato, as cores e os movimentos de pequenas espécies de peixes e outras presas aquáticas, como sapos, camarões e minhocas.

Quem criou esse equipamento foi Lauri Rapala, um pescador da Finlândia. Ele tinha muita dificuldade em pescar com iscas naturais, até que, ao observar o lago Päijänne, viu que peixes pequenos ou feridos tinham um padrão de nado diferente, e eram os favoritos dos predadores na hora da alimentação.

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Criada por Lauri Rapala, a primeira isca artificial tinha como objetivo imitar o nado das presas.

O finlandês criou seu protótipo em 1936 com um pedaço de cortiça entalhado a faca e bem lixado. Para imitar o aspecto das escamas, ele encapou o acessório com papel alumínio.

Vendo que sua invenção funcionava, Lauri convocou os filhos, e eles passaram a desenvolver novos modelos. Juntos, fundaram a Rapala, a primeira empresa de iscas artificiais do mundo. Até hoje, a fabricante é a líder nesse mercado.

Após a década de 1940, não demorou até que esses acessórios conquistassem pescadores do mundo todo, principalmente graças à sua altíssima eficiência. Até hoje, há pouco menos de um século, a invenção de Lauri mudou a história da pesca.

Iscas artificiais ou naturais?

Antes de qualquer coisa, é importante saber que as particularidades da sua prática vão influenciar diretamente na escolha de seus equipamentos. Engana-se quem pensa que todos os tipos de isca têm o mesmo desempenho: avaliar as condições do ambiente é fundamental para se planejar e obter bons resultados.

As iscas artificiais podem ser produzidas em diversos materiais (plástico, metal e madeira, por exemplo) e são mais indicadas para pescas de arremesso. De acordo com a profundidade do local em que serão lançadas, as iscas variam consideravelmente: é preciso optar entre as de superfície, de meia água e de fundo.

iscas artificiais  ou naturais
Iscas artificiais são uma ótima opção para pesca de arremesso.

No que se refere às iscas naturais, sua eficiência durante a pesca esportiva é semelhante à encontrada nos materiais artificiais — e, novamente, um exame antecipado do ambiente é essencial para selecionar os tipos certos de isca e garantir uma boa performance. A água, por exemplo, se doce ou salgada, interfere diretamente no tipo mais indicado.

De forma geral, portanto, a escolha da isca deve derivar, principalmente, das condições do local em que a atividade de pesca será executada. Não negligencie essa etapa e aumente as suas chances de êxito!

Vantagens e desvantagens de cada tipo 

As iscas artificias são eficientes, práticas e versáteis. Uma vez que não são consumidas pelo animal no momento da captura, não é necessário substituí-las a cada novo arremesso. Ou seja: diferentes tipos de peixes podem ser atraídos repetidamente pela mesma isca, resultando, também, em economia na compra de iscas.

Além disso, por se tratar de material inanimado, sem vida, a isca artificial demanda intensa atividade do pescador: é preciso simular manualmente os movimentos da isca, de forma a atrair os predadores. É ideal para os esportistas mais dinâmicos, mas não tão interessante para aqueles que preferem a tranquilidade.

No caso das iscas naturais, muito embora seja possível obtê-las gratuitamente da natureza, trata-se de um procedimento que exige tempo e disponibilidade. Uma vez reunidas — caçadas ou adquiridas comercialmente —, é preciso tomar certos cuidados no seu transporte: deve-se armazená-las em sacos que bloqueiem a absorção de luz ou deixá-las imersas em gelo, por exemplo.

Em função de sua característica viva, não é preciso simular movimentos após o arremesso, mas os pescadores precisam ficar atentos às diferentes iscas recomendadas para água doce ou salgada, já que as presas apresentam eficiência diferenciada, a depender da condição.

Tipos de iscas artificiais

Você já deve ter reparado que existe uma infinidade de modelos de iscas artificiais. Em linhas gerais, elas podem ser divididas em três categorias, e depois subdividida em tipos. Vamos conferir como funciona essa divisão.

Iscas de superfície

Como o nome diz, são aquelas que ficam mais próximas da superfície, a cerca de 30 centímetros do nível da água. É comum que possam ser vistas pelo pescador e atraiam os peixes que atacam de baixo para cima.

Podem ser utilizadas para diversos peixes, como traíra, black bass, tucunaré, tabarana e dourado. Isso pode depender, entretanto, do local da pesca e do nível de atividade dos peixes.

Os principais tipos de iscas de superfície são stick, zara, girino, sputnik, popper e rato.

Iscas de meia-água

Essas iscas podem nadar desde a superfície até cerca de 1,20 metro de profundidade. Na parte frontal, costumam ter uma barbela, que serve para criar resistência em contato com a água, e durante o trabalho da linha, imitar a movimentação de um peixinho.

iscas artificiais isca de meia água
A barbela nas iscas de meia-água ajuda a tornar a movimentação da isca mais natural.

São indicadas para pescar espécies como black bass, robalo, traíra, tilápia, tucunaré, dourado, piraputanga e cachorra.  Os tipos mais comuns são deep runner, bolita e hunter.

Isca de fundo

São chamadas de iscas de fundo todas aquelas que ultrapassam a profundidade de 1,20 metro. Costumam ser mais densas (às vezes feitas com chumbo) e podem ter uma barbela maior, que permite que o pescador as movimente mesmo que estejam completamente submersas.

Jig, dançarina, colher, grub e shad são as mais famosas. Utilize-as para pegar dourados, matrinxãs, piraputangas, jacundás e saicangas.

Independentemente do tipo de isca escolhido, é fundamental se certificar da qualidade do material: no caso das iscas artificiais, dê preferência a itens duradouros e garanta a utilização repetida de uma mesma isca, conservando-a e armazenando-a adequadamente antes e depois da pescaria. A economia vale a pena!

Ao planejar sua próxima pescaria, considere as vantagens e desvantagens listadas acima no momento de selecionar as melhores opções de iscas artificiais. Uma avaliação prévia é fundamental para garantir uma boa performance!

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