À distância, pesca e aquicultura podem parecer a mesma coisa. Contudo, a diferença fica cristalina como a água quando olhamos de perto e buscamos entender um pouco mais do assunto.

Apesar de serem atividades distintas, uma tem bastante a ver com a outra. Por isso, quem gosta de pescar terá consigo uma porção de informações relevantes ao descobrir mais sobre as diferentes aquiculturas que existem e vice-versa.

Caso você tenha apreço por um boa pescaria ou seja um aquicultor, explicaremos logo abaixo quais as divergências e aproximações entre estes dois conhecimentos.

Pesca e aquicultura: como funciona cada uma?

A tradicional atividade de pescaria é tão antiga quanto a própria humanidade. Ela se baseia em colher, extrair ou retirar qualquer recurso natural pesqueiro de um ambiente aquático. São diferentes as razões que a motivam: ela pode ter cunho científico, esportivo ou até mesmo de subsistência.

Mais especificamente, a pesca esportiva se constitui como uma prática recreativa, na qual o pescador geralmente se dirige a uma localidade onde possa pescar e soltar os peixes. Ela também possui um teor aventureiro, afinal, muitos pescadores gostam de fazer uma viagem desafiadora para pescar, na qual haja pleno contato com a natureza. Ela é relaxante e também traz benefícios para a saúde.

A aquicultura, por outro lado, é o cultivo de organismos advindos dos meios aquáticos em espaços controlados. Estes lugares são adaptados para que eles possam viver como se ainda estivessem no habitat natural. O objetivo dela é viabilizar a reprodução de peixes e outros animais visando o consumo humano. Como não é uma técnica extrativista, ela permite alcançar qualidade e um maior controle do produto final.

Como praticá-las?

Segundo a Embrapa, o Brasil é um lugar geograficamente privilegiado para a execução de ambas. Isto porque, em nosso país, há 8500 km de costa marítima e cerca de 12% da água doce disponível em toda a Terra.

Para pescar esportivamente é preciso, antes de tudo, de uma licença, que evitará problemas com a fiscalização. Além disso, ela vai te credenciar a exercer a pescaria em diversos locais onde é permitida.

Uma série de equipamentos também é necessária, dependendo do quão fundo você quer ir na prática. Eles costumam a facilitar significativamente a vida de um bom pescador.

Já a aquicultura demanda uma real estruturação por parte da pessoa física ou jurídica que deseja empreender nesta área. Depois, é preciso escolher um dos variados tipos de atuação como aquicultor:

  • A piscicultura é destinada ao cultivo de peixes;
  • Já a algicultura visa a produção de algas;
  • As rãs são criadas na ranicultura;
  • A malacocultura, por sua vez, cuida dos moluscos;
  • Ao passo que a carcinicultura lida com os crustáceos em geral.

Do que elas precisam?

É preciso pensar nas duas a partir de um viés sustentável.

A pescaria deve se enquadrar nos moldes estabelecidos para se qualificar como uma atividade esportiva consciente e feita com responsabilidade. O mesmo vale para quem deseja atuar com qualquer uma das aquiculturas. Afinal, pesca e aquicultura são formas humanas de se relacionar com a natureza e nós sempre devemos respeitá-la.

Gostou do assunto? Confira o glossário do pescador para entender ainda mais sobre esse tema!