A pesca esportiva é uma atividade que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, e muito disso se deve à nossa vasta rede hidrográfica e à grande variedade de espécies de peixes disponíveis por aqui.
Ao sair para pescar, seja na água salgada ou na água doce, você terá à sua disposição centenas de peixes, cada um com características muito diferentes. Por isso, é essencial saber reconhecê-los e ter o preparo correto para a fisgada, seja com relação aos equipamentos, técnicas e iscas.
Ficou interessado no assunto? Então, veio ao lugar certo. Neste post, apresentaremos 20 espécies de peixes para a pescaria esportiva no país e dicas importantes para capturá-los. Vamos conferir?
Peixes de água doce
Se você já está preparado e sua próxima viagem, marcada, chegou a hora de conhecer os peixes brasileiros de água doce que podem ser encontradas por todo o país!
1. Tilápia
Todo pescador começa do mesmo jeito: fisgando tilápias, seja nos tanques de pesqueiro ou em pequenos lagos. E apesar de ser considerada por muitos uma pescaria mais “fácil”, é muito divertida.
A dica para a pescaria de tilápia é procurar o peixe próximo dos barrancos, em que há vegetação, pois ele costuma se alimentar de algas e insetos que habitam essas regiões. Nos lagos, também é possível utilizar a técnica de ceva para atraí-los para perto da sua isca.
2. Dourado do rio
Não é à toa que o dourado é conhecido como o “rei do rio”. Esse peixe é de uma beleza singular, e também é um grande desafio para os pescadores, já que briga até o fim dando saltos, arrancadas e puxões. Se você não estiver preparado, certamente vai perdê-lo!
Comece escolhendo um equipamento bastante robusto, ou o douradão vai romper sua vara e sua linha. Além disso, capriche nas técnicas, trabalhando com a vara baixa e puxando o peixe para o lado oposto em que ele está nadando.
3. Pacu
Outro bruto que habita os rios brasileiros é o pacu. Com formato achatado, parecido com um disco, não é incomum encontrar exemplares de até 8 quilos e mais de um 1,5 metro (embora possa chegar a pesar 25 quilos).
Para pescar pacu, além de um bom equipamento, recorra a massas e iscas com sabor forte, como goiabada, banana, pão de queijo e beijinho. Isso porque a espécie costuma se alimentar de frutinhas e algas, e é atraída por alimentos com características parecidas.
4. Tambaqui
Um parente muito próximo do pacu é o tambaqui. As características dos dois peixes são bastante parecidas, assim como o tipo de equipamento e iscas recomendados para a pescaria. Existem inclusive os tambacus, originados do cruzamento entre as duas espécies.
Para esse peixe, o mais importante é escolher um sistema de pesca. Há uma série de opções, como boias torpedo e cevadreira montadas com boinha-boião, e miçangas tipo manhosinha montadas com chicote de fluorcarbono.
5. Tucunaré
Nas águas brasileiras, existem diversas espécies de tucunarés, e a principal diferença entre cada uma delas é a cor: os principais são amarelo, verde, vermelho e azul, sem contar os padrões de manchas e listras.
Com a cabeça grande e a mandíbula saltada, o tucunaré é persistente e, por isso, é uma das espécies de peixes mais procuradas pelos pescadores esportivos. Deixe a fricção solta e prepare-se para uma longa briga!
6. Pirarara
A pirarara é um peixe de couro de grande porte, conhecido por sua cabeça grande e ossificada. É uma das espécies de peixes mais coloridas da Amazônia: sua coloração mistura tons de castanho, amarelo, branco e laranja.
Esse peixe pode medir mais de 1,5 metro facilmente e chega a pesar mais de 50 quilos. Por se alimentar de peixes e caranguejos, essa espécie é capturada somente com iscas naturais.
7. Pirarucu
Esse peixe pode pesar até 250 quilos, e sua carne é muito estimada. Ele tem uma bexiga natatória que serve para respirar quando fica preso em lugares com pouca água, além de respirar normalmente por suas brânquias.
Para a pescaria de pirarucu, fique atento! O peixe costuma subir até a superfície com frequência para pegar ar, portanto, arremesse sempre a alguns centímetros de distância desses locais. Lembre-se de devolvê-lo à água rápido, pois ele fica fatigado após a briga e precisa voltar ao rio para se recuperar.
8. Apaiari
Original da região amazônica, também pode ser encontrado no Nordeste e no Sudeste, onde foi introduzido. Na pesca de apaiari, é preciso ser paciente, já que esse peixe gosta de observar a isca antes de abocanhá-la.
Mesmo sendo pequeno – pesa em torno de 1 quilo e tem aproximadamente 30 centímetros –, o apaiari dá trabalho para os pescadores esportivos. Sempre procure por ele debaixo de aguapés, onde o animal costuma se alimentar.
9. Pintado
O pintado é um peixe de couro que pode ter até 1 metro de comprimento, pesando no máximo 5 quilos. Alimenta-se de outros animais, como minhocas, tuviras, minhocuçus e até pequenos peixes, caçando sempre no período da noite.
Procure o peixe próximo de galhadas, árvores e outras estruturas. Além disso, saiba que o pintado nada a favor da correnteza, e para fisgá-lo, será preciso se posicionar no fluxo contrário.
10. Barbado
Como o nome já sugere, esse peixe tem barbilhões próximos à boca. Bastante comum na Bacia Amazônica, o barbado também pode ser encontrado nos estados do Pará, do Mato Grosso, de São Paulo e em parte do litoral do sul do Brasil.
Chegando a pesar 12 quilos e medir mais de 1 metro, esse peixe pode ser capturado juntamente ao pintado, já que ambos vivem nas mesmas regiões. Você pode inclusive utilizar o mesmo equipamento.
Peixes de água salgada
Para quem não abre mão de pescar no mar, o Brasil também é o país ideal, com mais de 7 mil quilômetros de costa litorânea. Confira algumas das espécies de peixes favoritas dos pescadores oceânicos!
11. Peixe-espada
Muito confundido com o agulhão e o marlin, o peixe-espada é, na verdade, um animal esguio e brilhante. Veloz e com comportamento agressivo, trata-se de uma ótima espécie para se praticar pesca esportiva.
Para fisgá-lo prefira as iscas naturais, como pedaços de bonito e sardinha. O peixe-espada costuma ser atraído por objetos reluzentes, portanto uma dica é utilizar um sistema com boia luminosa.
12. Robalo
Este é um dos tipos de peixes para a pesca esportiva que você pode encontrar por todo o litoral brasileiro, pois eles se movimentam muito. O robalo é um peixe extremamente rápido e também um grande caçador.
Por isso, é preciso que você tenha muita técnica e experiência para pegar um desses. Alguns chegam a pesar 25 quilos e podem ser pescados com iscas artificiais ou vivas.
13. Agulhão-vela
Ele é da família dos marlins e leva esse nome porque tem uma barbatana dorsal que se parece muito com uma vela de barco. Esse peixe pode ultrapassar os 60 quilos, medir mais de 3 metros e atingir a incrível velocidade de 110 km/h.
Você pode encontrá-lo nas águas mais profundas e também nas mais superficiais em que a temperatura tende a variar entre 22 e 28ºC. Eles dão grandes saltos quando são capturados.
14. Marlin-azul
Encontrado na costa brasileira entre novembro e março, sua maior concentração é entre o Espírito Santo e o Rio de Janeiro nas águas quentes. O rei dos mares é uma das espécies de peixes mais cobiçada pelos praticantes de pesca esportiva. Pode facilmente ultrapassar os 200 kg e é muito forte, protagonizando um espetáculo à parte quando salta.
15. Tarpon
São encontrados no verão ao longo do Rio Grande do Sul e também na Inglaterra. Ainda são comumente vistos em regiões de mangues da Bahia e do Amazonas. Esse tipo de peixe prefere iscas naturais vivas e maiores, como os camarões, sendo usados anzóis menores que se acomodam facilmente à anatomia da sua boca.
16. Dourado-do-mar
Os peixes conhecidos como dourados-do-mar são pelágicos, ou seja, peixes que passam pelas costas em determinados períodos do ano para aproveitarem a temperatura das águas.
A sua média de vida geralmente é de 3 anos, e, assim como os outros, é admirado por dar grandes saltos quando é capturado. O dourado-do-mar tem uma cor de beleza singular que atrai os praticantes de pesca esportiva.
17. Corvina
A corvina é um peixe encontrado em sua maior parte na água salgada, porém também pode habitar regiões de água doce ou salobra. É reconhecido por suas escamas grossas e sua cabeça protuberante.
Um dos maiores pontos de atenção para se ter na pescaria de corvina é na hora de manuseá-la. Sua bexiga natatória pode se inflar durante a pescaria, portanto faça um furinho antes de devolvê-lo à água.
18. Baiacu
Essa espécie de peixe é famosa por seu mecanismo de defesa: ao serem ameaçados, sua barriga se infla de ar. São mais abundantes durante os períodos de primavera e verão, quando o clima é mais quente.
A pescaria de baiacu exige alguns cuidados. O peixe não é muito veloz e nem um brigador tão forte, porém seus dentinhos são afiados e podem romper a linha. Lembre-se de utilizar um chicote para evitar perder o peixe.
19. Pampo
O pampo está entre os peixes favoritos dos pescadores de água salgada. Costuma ter diferentes cores (branco, amarelo, prateado e azul) e pode chegar a medir 60 centímetros e pesar 4 quilos.
A dica para fisgar esse peixão é utilizar chicote de fluorcarbono. Com relação às iscas, é possível utilizar tanto as naturais quanto as artificiais, por isso, trabalhe de acordo com a sua preferência.
20. Anchova
Por último, mas não menos importante, está a anchova. Muito abundantes na região Norte do Brasil, são briguentas e os maiores exemplares podem chegar a medir 40 centímetros.
A dica para fisgar esse bruto é se posicionar próximo das rochas – local em que costumam se concentrar – e arremessar a isca em direção à espuma. Em seguida, dê toques curtos na isca para atiçar o bicho.
Caso você já tenha sua licença de pesca, saiba que essas não são todas as espécies de peixes, e há muitos outros tipos que podem ser pescados por todo o Brasil, uma vez que nosso país tem a maior diversidade de peixes de águas continentais de todo o planeta.
Lembre-se de sempre respeitar as regulamentações da pesca esportiva – essa é a melhor maneira de respeitar a natureza e fazer com que nosso esporte prevaleça por muitos anos.
Por fim, sempre que for pescar, seja na água doce ou salgada, lembre-se de vestir as roupas adequadas para a prática, como camisas com proteção contra os raios ultravioleta e feitas de tecidos dry fit.
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One comment
Demais essas dicas sobre pescaria com iscas artificiais, muito obrigado pelas dicas.