Que tal aumentar a aventura de vez em quando? A pescaria noturna é uma excelente opção para quem quer fugir da mesmice e acrescentar um pouco mais de dificuldade e desafios ao esporte de sempre.

Porém, é preciso ter atenção: a falta da luz do dia também traz perigos, desde o manuseio dos peixes e dos equipamentos à presença de animais. Se você quer explorar mais essa modalidade de pesca, confira a lista dos principais tipos de peixes noturnos e algumas dicas especiais que preparamos! 

Peixes para pesca noturna

Algumas espécies aparecem somente à noite para se alimentar e procurar suas presas. O período é mais tranquilo e favorável para a pesca esportiva e, assim, os pescadores podem ter uma boa produtividade. Confira os principais peixes para pesca noturna:

Xerelete

Também chamado de carapau, o xerelete é um peixe de escamas, alto, com corpo alongado e focinho um pouco arredondado. Sua coloração varia de azul-esverdeado a cinza e o ventre e as laterais podem ser prateados ou amarelados. Ele pode atingir até 80 cm de comprimento e pesar até 8 kg.

Essa espécie é mais encontrada nas áreas costeiras e ao longo das praias, embora ocasionalmente possa penetrar em regiões de água doce. O xerelete também pode estar em mar aberto, na superfície ou no fundo, chegando a até 35 metros de profundidade.

Marimbá

Recebe várias denominações, como pargo branco, choupa, chinelão e sargo. O peixe marimbá pode ser encontrado no Atlântico Ocidental, dos Estados Unidos (na Flórida) até a Argentina. A espécie pode chegar a medir até 40 cm e pesar até 2,5 kg.

Sua alimentação é baseada em invertebrados bentônicos, pequenos peixes, algas, esponjas e zooplâncton. Como sua boca é bastante pequena, é necessário usar anzóis menores para pescar os marimbás. As iscas podem ser de camarão, sardinha ou mariscos.

Olho de cão

Também conhecido como olho de vidro, piranema ou vermelho olhão, essa espécie é encontrada no Oceano Atlântico, principalmente na costa brasileira de regiões como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Os cardumes de olho de cão podem ser detectados na sonda, o que facilita a atividade do pescador.

Trata-se de um peixe de escamas e, como o nome sugere, tem olhos muito grandes e uma intensa cor vermelha. Em média, tem 35 cm de comprimento, apresenta corpo alongado, com dez espinhos e onze raios na nadadeira dorsal e três espinhos e oito raios na anal.

Os olhos de cão vivem em fundos rochosos e águas profundas, desde 10 metros de profundidade a até mais de 200 metros. A espécie se alimenta de camarões, peixes menores, crustáceos e, principalmente, larvas.

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O olho de cão é um peixe de mar encontrado em águas profundas na costa brasileira. Foto: SEFSC Pascagoula Laboratory.

Corvina

Peixe de escamas e de água doce, a corvina também é conhecida por cruvina ou pescada branca. Essa espécie é encontrada nos rios Parnaíba, Negro, Trombetas e Amazonas e habita lugares fundos em poços, remansos e reservatórios. A melhor localização para pesca de corvina é no litoral, onde há formações rochosas.

A corvina é um peixe piscívoro, isto é, que se alimenta de outros peixes e camarões. Tem coloração prata e azulada, espinhos nas nadadeiras, boca oblíqua e dentes recurvados, pontiagudos e com projeções afiadas. Esse peixe reproduz sons audíveis por meio de seus músculos e pode medir mais de 50 cm, chegando a até 4,5 kg.

Papa-terra

O papa-terra é o nome dado para algumas espécies de peixes pertencentes à ordem dos Perciformes, que podem ser encontrados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Dependendo da região, essa espécie também é conhecida como betara, embetara, perna de moça ou boca de gato.

O habitat desse tipo de peixe são os canais de mangues ou canais próximos de praias, locais em que se alimenta de pequenos crustáceos, camarões e alevinos. As minhocas de praia são ótimas iscas para pescar o papa-terra.

Muitas vezes, essa espécie é confundida com a corvina. No entanto, o corpo do papa-terra é mais comprido e sua boca, mais achatada. Ele também apresenta listras no dorso e seu tamanho não ultrapassa 47 cm de comprimento.

Dicas para a pesca noturna

Você deve imaginar que, para a pesca noturna, não basta conhecer os peixes. Essa modalidade é completamente diferente da diurna, e por isso é importante aprender algumas dicas. Confira as principais!

Utilize acessórios luminosos

O principal fator que diferencia as pescas diurna e noturna é a presença de luz. Por isso, para não ficar no escuro, é preciso que você utilize acessórios luminosos para compensar esse fato.

A primeira sugestão são os fishing lights, uma espécie de bastão luminoso que pode ser acoplado à boia ou à linha. Seu uso é bem parecido com aquelas pulseiras de neon de casamentos e formaturas: basta torcer que o item se acende.

Uma lanterna para pesca noturna de cabeça também pode ser útil para os momentos de retirar o peixe da água e trocar as iscas. Do contrário, você poderá se machucar.

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A iluminação para pesca noturna é essencial para a segurança e desempenho.

Invista em acessórios que emitem sons

Para captar o momento da batida do peixe no escuro, é possível optar pela utilização de acessórios que emitem sons. Há diversos itens, como chocalhos, que podem ser fixados à ponta da vara, para que o pescador ouça assim que o bruto fisgar a isca.

Agasalhe-se

Durante o período noturno, é comum que as temperaturas sejam mais baixas, ainda mais perto dos rios. Por isso, lembre-se de vestir roupas quentes e confortáveis para não passar frio.

Camisas de pesca de manga comprida são uma ótima opção, pois podem auxiliar no controle da temperatura corporal. Se estiver muito frio, vista blusas impermeáveis por cima. Calças de moletom, meias e botas também são roupas adequadas.

Leve repelente

Mesmo que durante a noite não seja necessário o uso de protetor solar, o repelente é sempre bem vindo, já que há muitos mosquitos e insetos que habitam a beira dos rios.

Prepare um abrigo

Não podemos negar que há perigos no período da noite, e é impossível ir para a pescaria sem considerar as possibilidades de encontrar cobras, insetos ou até onças. Além disso, como já foi dito, as áreas perto da água são mais frias que o comum.

Portanto, sempre que for praticar pescaria noturna, encontre um local para deixar seus pertences e se abrigar. O ideal é que seja seguro e próximo da pesca.

Cuide de seus pertences

No escuro, é muito fácil perder seus pertences. Além da iluminação, uma dica para evitar que isso ocorra é concentrá-los em um só lugar. Escolha uma maleta que você usa com frequência e guarde todos juntos de forma que consiga se localizar com facilidade.

Agora que você já sabe as características de algumas das espécies que aparecem ao cair da noite e os principais cuidados a se tomar, com certeza está mais preparado para a pescaria noturna! 

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