O habitat natural de um peixe é traçado a partir de suas características — e isso influencia até mesmo no sabor de sua carne. Devido às particularidades de formação, cada espécie foi se adaptando melhor a uma região ao longo do tempo. O legado dessa evolução é a preservação e acentuação das particularidades de uma gama diversa de peixes no Brasil.

As diferenças da pescaria esportiva em águas doces ou salgadas passam pelas características de seus próprios habitantes. Portanto, antes de partir para uma nova aventura, conheça as diferenças entre peixes de água doce e salgada.

Variedade nacional

Uma ligeira maioria dos peixes vive em ambientes de água salgada — curiosamente, apenas 1% das mais de 30.000 espécies de peixes consegue sobreviver aos dois ambientes. Considerando a esmagadora diferença de quantidade de água salgada em relação ao volume de água doce no planeta e, proporcionalmente, no país, a diversidade que ocorre nos rios e lagos é muito maior do que no mar.

Peixes de água doce

Em geral, esses peixes são um pouco menores que os de água salgada. Suas particularidades fisiológicas divergem por conta dos líquidos corporais mais concentrados.

A vivência na água doce acentua a absorção de água do meio e aumenta a produção e eliminação de urina, expandindo a troca com os lagos e rios, que também servem como cenário de reprodução.

Os principais representantes da água doce no Brasil são o lambari, a traíra, o pintado, o dourado e a tilápia. A biodiversidade dos peixes de água doce no Brasil é considerada a maior do mundo, levando em conta que nosso país também tem o maior número de peixes nessas condições.

Peixes de água salgada

Os peixes habitantes da água salgada têm como características marcantes sua maior atividade, seu tamanho e suas diversas cores. Com o alto teor de sais do mar, seus líquidos são menos concentrados, pois a salinidade marinha provoca essa considerável perda de líquidos para que se equilibrem melhor com o meio.

Os mais presentes nas regiões oceânicas são a cavala, o robalo, o pargo, o badejo e o namorado. São pouco adaptáveis a condições extremas, precisam de um parâmetro regular físico-químico das águas.

Além desses maravilhosos peixes, você ainda pode conseguir pescar frutos do mar nas águas salgadas. O Brasil é recheado dessas maravilhas culinárias e um dos países que mais consome essas iguarias.

Do camarão até a lagosta, existe uma infinidade de possibilidades na pesca marinha que se você tiver condições de fazer uma pescaria com certeza vai adorar.

Ainda assim, claro que para buscar frutos do mar é preciso uma estrutura boa, que consiga capturar esses animais no fundo dos oceanos. Nada de pesca amadora para fazer esse tipo de trabalho.

Melhores iscas para cada peixe

Os peixes de água salgada e doce também se diferenciam pelo tipo de isca que mais agrada esses animais. Ao saber quais são, fica muito mais fácil pescar um dourado ou um camarão, por exemplo.

Os peixes de água salgada possuem diferentes preferências alimentícias que podem ajudar a capturá-los. As principais iscas que você pode utilizar são o camarão, a lula e a sardinha.

O camarão pode ser utilizado quando ele estiver vivo ou até mesmo morto. Para o camarão vivo, o ideal é colocá-lo em pescas de profundidade menor, mais próximo da superfície. Já o morto pode ser usado em alto mar, desde que você tome precauções com o ponto de congelamento da isca e também retire a cabeça dele.

A vantagem da lula em relação às outras iscas é que ela agarra no anzol de tal forma que é quase impossível que ela caia dele. Já a sardinha, é fácil de manusear, além de ser possível de encontrar em qualquer lugar e também ser muito barata.

Com os peixes de água doce a dica é utilizar as iscas naturais ou artificiais. Entre as naturais estão massas, as conhecidas minhocas e as chamadas iscas de mosca.

As massas, que pode ser um pão velho, por exemplo, são ótimas para pescar tilápias e carpas. Já as minhocas são fortes na busca pelos lambaris e pacus. As iscas de mosca são excelentes para capturar trutas.

Entre as artificiais, existem várias opções. Os cranckbaits, jigs, spinners e spoons são algumas delas. Elas normalmente são utilizadas em pescas mais complicadas, como as feitas em mergulho e em pescas mais complexas que exigem uma isca mais profissional.

A época para cada pescaria

Existem épocas que os peixes estão mais suscetíveis de serem pescados, tanto na água salgada quanto na doce.

Na salgada, por exemplo, a melhor época é entre outubro e março. No entanto, você consegue encontrar peixes o ano inteiro nos mares. Basta você definir qual espécie quer, estudar sobre quando ela aparece em determinada água e ir atrás do seu peixe.

Na água doce a situação é parecida, mas tem muito a ver com questões legais também. Cada tipo de peixe tem uma época própria para poder ser pescado. E isso ocorre quando ele já atinge a fase adulta e não está na época de reprodução de filhotes, a chamada piracema.

Cada lugar vai ter uma época melhor para a pescaria, mas normalmente as datas batem com as da água salgada. De março até outubro em boa parte dos rios brasileiros você consegue pescar bons peixes dentro da legalidade e respeitando o meio ambiente.

A pesca no Brasil

O Brasil tem regiões maravilhosas para a pesca esportiva. A diversidade de espécies em qualquer uma das águas é fascinante, o que engrandece ainda mais essa atividade.

Além da pesca esportiva, o país é um dos mais atrativos também para os pescadores amadores. Além de ser uma profissão milenar que veio com a cultura indígena e até hoje permanece em todos os cantos do país.

Agora, com essas informações, com certeza você fará melhores escolhas quando for partir para uma nova viagem, certo?

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